segunda-feira, 5 de junho de 2017


Como vender meu artesanato?


Recebi a seguinte mensagem de uma internauta e achei muito importante compartilhar a resposta aqui, pois você pode vivenciar esse mesmo dilema:

Olá Márcia, assisti seus cursos na eduk vejo várias pessoas comentarem que o patch mudou sua vida e ficam desestressadas. Eu pesquiso muito, porém realizo pouco. O que faço o pessoal comenta que é bonito. Porém, ninguém compra. Invisto muito, porém retorno nenhum. Quem ganha comigo são os lojistas... kkk... por que será?”



Vamos lá... primeiro uma confissão: eu não sou nenhuma expert em técnicas de vendas e nem sou muito boa em propaganda e marketing. Exatamente por isso, identifiquei-me muito com você, pois no começo das minhas atividades com o Patchwork eu vivia falando aos quatro cantos que eu não sabia vender. E isso realmente era verdade. Era? Bom... após 17 anos, quer saber? Continuo uma total incompetente para vender as peças que faço. Tamanha é a minha incompetência nesse assunto, veja só, que coloquei à venda uma colcha de solteiro há 1 ano e não tive nenhum interessado. Há mais de um mês resolvi rifar a tal colcha e, adivinhe?... ainda não consegui fechar os 100 números. Mesmo tendo oferecido uns 25 números de cortesia a familiares... (rindo prá não chorar... rs)

Mas nem tudo está perdido. Como professora, a minha capacidade de observação é bem aguçada e vou te contar o que eu acredito que faz muita diferença. Tive e tenho muitas alunas, de todas as idades e de diferentes classes sociais e culturais. Notei que algumas realizam muitas vendas mesmo suas peças não tendo o acabamento perfeito, um patchwork de destaque, uma combinação que chame a atenção. Sabe o que elas têm de diferente? Produção. Vamos reler seu texto “eu pesquiso muito, porém realizo pouco”. Eu sou assim também. Amo pesquisar, desenvolver, aprender e ensinar. Amo criar. Detesto produzir. Não consigo fazer várias unidades de uma mesma peça. Me cansa, fico entediada e até chateada se for obrigada a fazê-lo. Diferente de mim, tenho alunas que aprendem um modelo numa aula... e já na próxima semana me mostram foto de 10 que fizeram em cores diferentes. E, claro, dessas 10, metade já foi vendida. Elas ficam tão empolgadas que tiram fotos e mostram prá todo mundo! Então, bora botar em prática: vamos arregaçar as mangas e produzir. Produziu? Mostre. Além deste lado prático, eu considero importante mencionar um lado psicológico disso tudo.

Lendo o livro de um adestrador de cães, me surpreendi com um capítulo todo dedicado à ‘energia’. A energia do dono é primordial para que o cão o obedeça. Sabe aquela história que o cachorro sente o medo da pessoa? Então... não é isso.... O medo é percebido pelo cachorro através do olfato. Ele fareja o hormônio adrenalina que produzimos ao sentir medo. A energia é diferente. Ela está relacionada com a intenção, o magnetismo, o sentimento. Você percebe quando uma pessoa diz palavras vazias, sem sentimento, não percebe? Exemplo: aquelas conversas de elevador só prá preencher o tempo... ou aqueles comentários da boca pra fora só por formalidade. Da mesma forma, as palavras com sentimento te tocam direto no coração... seja o sentimento bom ou ruim. Então, isso é energia. Qual é a energia que você está emanando ao mostrar ou falar do seu trabalho? Você realmente gosta da peça que fez, o entusiasmo é real? Ou você fala simplesmente “olha essa bolsa que prática”, mas do peito prá dentro está transbordando insegurança? Você usaria a peça que fez? Você usa alguma peça que fez? Lembre-se que você é a sua melhor vitrine e que aquela invejinha alheia é a sua melhor aliada quando o assunto é vender.

Além da prática e do sentimento, claro que existem várias dicas de vendas bem como de divulgação. Eu dei algumas dicas de vendas na entrevista para o programa Artesanato e Ponto da Eduk. Eu vou colocar o video logo aí em baixo prá você.

Desejo que você consiga se analisar e que persevere. Logo você vai encontrar o seu nicho e a sua paixão. Quando fazemos algo com paixão, certamente nos tornamos irresistíveis! Então... VIVA DA SUA PAIXÃO!!




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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Novo formato da eduk dá acesso a TODOS OS CURSOS por apenas $19,90 por mês!!




A empresa inovadora em cursos pela internet em diversos segmentos como Artesanato, Beleza e Estética, Moda, Gastronomia, Fotografia e muito mais está agora com um novo formato.
Os cursos que antes eram vendidos individualmente aos seus usuários agora poderão ser acessados através de um plano de assinatura anual. O assinante poderá assinar uma ou duas categorias disponíveis. 

E durante essa semana de lançamento do novo sistema, o Plano Premium está com uma oferta super especial a $19,90 para acesso de TODAS AS CATEGORIAS e o assinante ainda ganhará um presente mais do que especial: o livro do Bernardinho, Transformando Suor em Ouro.


Mas a oferta é por tempo limitado, então corra!!! Assine já!

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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Log Cabin - Uma Velha História...


Os padrões de quiltes em log cabin são os mais populares e facilmente reconhecidos de todos os modelos de quiltes. Começando com uma forma central, normalmente um quadrado, o modelo tradicional é feito costurando-se tiras em sequência em volta dos lados do quadrado, variando as cores claras e escuras.

 Antigamente os tecidos utilizados eram qualquer um que houvesse disponível – flanela, sacaria, sobras de roupas e retalhos em geral. O Log sempre foi apreciado justamente por poder utilizar mesmo tiras finas de retalhos como “toras”.Os blocos de Log podem ser unidos de várias maneiras, obtendo-se diferentes modelos, vários deles têm nomes próprios como Barn Raising (celeiro crescendo), Sunshine and Shadow ou Light and Dark (luz do sol e sombra) e Straight Furrow (bem vincado). Simples de fazer e com a facilidade de poder utilizar mesmo as menores sobras, esse bloco tornou-se rapidamente amado pelas quilteiras.  
 
 Barn Raising (feito por Harriet Holden – 1880), Light and Dark (feito por Sarah O. Traylor – 1850-60), Straight Furrow (feito por Clarinda B. Graham – 1878) 

Historicamente, não há uma data específica para o surgimento deste bloco. Quando se tenta explorar a origem do desenho e a sua tradução para o tecido, você se depara com uma verdadeira caça ao tesouro com diversas teorias, considerando que as quilteiras são capazes de copiar desenhos de qualquer coisa à sua volta (um azulejo, a vista aérea de uma plantação, etc.). Dentre tantas, a “Teoria da Múmia” é a mais plausível. 



No século 19, quando as tumbas egípcias foram abertas, os britânicos encontraram milhares de múmias de animais, objetos funerários colocados em sinal de respeito à realeza que partira. Algumas destas peças podem ser encontradas no Museu Britânico hoje e você pode facilmente identificar os desenhos de Log Cabin. Algumas são até coloridas com algum tipo de tingimento onde se pode identificar claramente os blocos Log Cabin contemponâneos. Como havia um grande número destas múmias, algumas foram despachadas de volta para a Inglaterra e distribuídas para os fazendeiros como fertilizantes. Você pode imaginar a esposa de algum fazendeiro encontrando isso na sua varanda e copiando o desenho com tiras de tecido? 

Com relação ao nome do bloco, ele é chamado de “Canadian Logwork” (trabalho de toras canadense) nas Ilhas Britânicas e de “The Roof Work” (trabalho de telhado) na Ilha de Man e é feito com a tiras dobradas (conhecido por nós como “Folded Log Cabin”) e costuradas a mão em uma base de tecido. A curiosidade é que a ilha é bastante isolada e rural, sem acesso a ferramentas modernas e equipamento. 

 
Considerando a falta de tesouras e réguas do passado, as quilteiras rasgavam os tecidos em tiras usando a largura de seus dedos, polegares e tamanho da mão como medidas para as partes do bloco. Isso significava que os blocos costurados por uma pessoa não tinham necessariamente o mesmo tamanho dos blocos de outra quilteira.

O log cabin nos Estados Unidos começou a ser mais freqüentemente utilizado no período da Guerra Civil Americana, nos anos de 1800. Ele engloba a lista dos chamados blocos ou quilts abolicionistas, juntamente com outros blocos como o "Birds in the Air", "Jacob's Ladder" e "Evening Star" etc. O Log Cabin começou a se popularizar, após a morte de Abrahão Lincoln, que fora criado em uma cabana do toras e que lutou contra a escravidão e foi o maior precursor da tão falada liberdade americana. 

Cabana de toras onde nasceu Abraham Lincoln. 
Conservada em um museu no Estado de Kentucky.

Conta a lenda, que neste período de guerra, uma casa que tinha uma colcha de Log Cabin na janela, cujo centro do bloco era negro, era uma casa segura para os escravos fugitivos, ou seja, representava a casa de um abolicionista. Nos mostra a história, que os quilts feitos, pelas mulheres do norte dos Estados Unidos, neste período, continham inscrições sobre os males da escravidão. 

Misturam-se lendas e fatos reais, mas o certo é que ambos foram contados de geração a geração, e que nos dão maior motivação para admirar e querer aprender sobre essa arte que é o patchwork, que acima de tudo, não engloba apenas a beleza de um trabalho manual, é também participante ativo na história de um povo.

Imagens para inspiração:






Fontes:
Pesquisa de Imagens do Google








quinta-feira, 24 de maio de 2012

Quilte livre - << Atualizado 2a.aula >>

O quilte livre é um dos maiores desafios para todas as praticantes de patchwork. Quem está começando agora fica maravilhada de ver os quiltes dos trabalhos e já vi algumas não acreditarem que todos aqueles desenhos cheios de curvinhas é feito à máquina.
Eu aprendi o quilte livre estudando nos livros americanos, pesquisando na internet e metendo a mão na massa. Treinei, treinei, treinei... e consegui fazer alguns desenhos. Mas ainda preciso treinar muuuuuuito mais! Como não tenho habilidade nata para desenho, o pouco que eu faço é porque treino muito.
Detalhe num barrado. Quiltei na diagonal nos quadrados laranjas e redondinho nos verdes.

Capa de máquina de costura. Fiz o caminho sem fim nos log cabin e umas folhas pontudas com curva em todo o restante. Não passei por cima das aplicações.

Na semana passada recebi um email divulgando o curso da Sueli Bruno na Kikikits e resolvi participar. Enfim, aprender em aula de verdade, e não ficar quebrando a cabeça sozinha... O curso tem 4 aulas e vamos montar um 'caderno' com 40 motivos de quilte livre. Ontem foi a primeira aula. Que delícia de aula, gente! Recomendadíssima!

Aqui tem um video onde a Sueli desenha um dos motivos durante a primeira aula.

Video da segunda aula:


Fotos do livro que montaremos ao término da quarta aula:
(clique nas fotos para ampliá-las)













Ainda falando sobre quilte livre, prá quem não viu ainda, meu irmão e eu desenvolvemos um sistema de quilte por computador. Quilte não tão livre assim... rsrsrs.  (Pensem numa pessoa doida prá ter uma Gamill mas não pode e que encheu o saco do irmão prá montar um quilting frame.) E esse foi o resultado:




No Flickr do meu irmão tem mais esse video:
 

Testamos com várias máquinas que temos e f
uncionou muito bem mas queremos aprimorar para uma máquina de braço maior pois com as máquinas domésticas a área de trabalho é ainda muito pequena (8cm). Mas para isso precisamos levantar um capital... =)

Um grande beijo a todas e bons quiltes!!

~Marcia Satiko~


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domingo, 13 de maio de 2012

Tulipas em Tecido - PAP (Passo a Passo)


Essas são as fotos mais acessadas da minha galeria do Flickr. Por isso, eu decidi 'transportar' o PAP para o blog. Acredito que ficará mais fácil de visualizar e imprimir. Aproveitem!
Corte retângulos de 5,5 x 11 cm (essas medidas podem variar de acordo com a finalidade e o seu gosto. Use sempre retângulos que tenham o dobro da altura na largura: 5 x 10, 4 x 8, 3,5 x 7,0cm...)
1. Dobre ao meio, direito sobre direito, e costure na lateral menor.
2. Desvire, faça uma dobra de aproximadamente 0,5cm e franza um dos lados abertos como um fuxico.
3. Ficará assim, parecendo uma sainha franzida.


4. Faça uma dobra de aproximadamente 0,5cm do outro lado e posicione a agulha no centro. 



5. Encha com plumante.
6. Feche os centros com pontinhos bem fechadinhos e arremate com um nó, mas não corte a linha.



7. Traga os meios das duas laterais para o centro e arremate com pontinhos.
Essa etapa é muito importante. Tome cuidado de centralizar bem para a tulipa não ficar torta. Tenho visto tulipas 'por aí' nas lojas (principalmente de itens para bebê) que estão muito tortinhas, outras murchas (não encheu o suficiente), outras abertas (aparecendo o plumante!). Faça bem feito para fazer sempre.

 8. Eu coloco uma miçanga no centro antes do arremate final:



Tulipas prontas:


Chaveiro com 5 tulipas:


Façam muitas, aproveitem!

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sábado, 12 de maio de 2012

Aconteceu e foi sucesso!

Muito obrigada a todas que se engajaram no nosso primeiro bazar! Foi muito melhor do que todas as expectativas!
Obrigada a todos que nos prestigiaram com sua visita e adquirindo nossas criações.
Minha família amada, obrigada pelo apoio!
A todas as minhas alunas que participaram ou não... obrigada por fazerem com que eu me sinta útil todos os dias! Amo muito vocês!
E aguardem... já estamos planejando o próximo!

Galeria completa das fotos.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Brazil Patchwork Show 2012

Fui conferir a 6a. edição do Brazil Patchwork Show hoje.

Adorei! Para uma patchahólica é sempre bom estar rodeada de coisas lindas, ferramentinhas maravilhosas e muitos paninhos! Um paninho mais lindo que o outro.

Cheguei cedo, às 11h, na hora que a feira começou o seu 3o.dia. Então, estava bem vazio ainda e pude ver tudo com bastante calma e tranquilidade. Parei, olhei, curti... voltei, revi... que gostoso!

Tirei muitas fotos, a maioria de fora dos stands para não ferir direitos autorais e não magoar os expositores que não gostam dos seus trabalhos fotografados. O meu intuito mesmo era o de registrar e compartilhar com vocês que não puderam passar por lá.

Valeu a pena, como sempre. Fiz algumas comprinhas... (mais do que tinha planejado... afinal... quem resiste? rsrsrs)



A impressão que cada um tem da visita é muito subjetiva. Já ouvi pessoas dizerem que amam, outras que odeiam a feira. Encontrei coisas novas, coisas repetidas, gente muito simpática e algumas nem tanto. Na galeria do Flickr vocês poderão conferir todas as fotos e alguns comentários do que eu me lembrar delas.

Confira no Flickr a galeria completa das fotos:

Beijo grande a todas e espero que gostem das fotos!